Devido a grande MAGIA e pela RICA MITOLOGIA dos ORIXÁS , vemos a cultura indígena da religião de UMBANDA ser delegada a segundo plano, nos esquecendo que recebemos em nossos terreiros , caboclos , caciques , pajés.
e geralmente este espirito é o chefe espiritual da casa.
Acredito que a raiz da UMBANDA esteja na espiritualidade, que se utilizou da miscigenação das raças e pluralidade cultural e teológica de nossa terra para criar uma religião ÚNICA.
baseada nos princípios da caridade e do amor "universal" ,
do altruísmo e alto conhecimento "espirita" ,
da hierarquia divina irradiada pela lei e justiça " ORIXÁS" ,
pela grande magia do encontro com DEUS na natureza para a cura dos males do corpo e do espirito "INDÍGENA".
ESTAS 3 RAÍZES SUSTENTAM OS TRABALHOS ESPIRITUAIS PRÁTICOS DENTRO DA UMBANDA.
Os índios, anteriormente a colonia , já tinham seus ritos religiosos e magísticos , danças tipicas , danças totêmicas, cultuavam e reverenciavam as forças da natureza como manifestações da DIVINDADE , , tendo cada uma um DEUS respectivo , que ,inclusive podemos associar aos ORIXÁS.
PERCEBEMOS AQUI SEMELHANÇAS ENTRE OS CULTOS AFRICANISTAS E INDÍGENAS.
Raças diferentes separadas por um oceano, continentes diferentes , aproximados pelo martírio da escravidão.
. Creio que tudo isto mostra a ESSÊNCIA DIVINA que se manifesta em todas as culturas em todas as partes de acordo com a estrutura social de cada povo respeitando sua herança religiosa e sua forma de entendimento.
é dever nosso conhecer, observar e estudar , REFLETIR E ENTENDER.
nossa herança ancestral, para assim prestarmos a devida reverencia e honrarmos nossa ancestralidade.
A TEOGONIA INDÍGENA E SUA RELAÇÃO COM A UMBANDA.
TUPÃ , DEUS SOL , OLORUM
YURUPARI-JANDE, DEUS LUMINOSO , OXALÁ.
CARAMURU , DEUS DO TROVÃO , XANGÔ.
AIMORÉ , DEUS DA CAÇA, OXOSSI.
MATITA -PERERA , OBÁ.
URUBATÃ, DEUS DA GUERRA , OGUM.
YABÁ BELO OU NHANDECY , DEUSA DO MAR , YEMANJÁ.
UIRAPURÚ OU YARA , DEUSA DA BELEZA E DAS ÁGUAS DOCES , OXUM.
MITÃ , GENIO DAS CRIANÇAS , IBEJI.
AMANANCY , MISTÉRIO ANCIÃO , NANÃ BURUQUÊ E OBALUAYÊ
PAYESSÚ , SENHOR DOS MORTOS , OMULÚ.
MARA, SENHORA DAS SOMBRAS , POMBA -GIRA.
ANHANGÁ , SENHOR DAS SOMBRAS. EXÚ.
UMA LENDA:
Mundo Novo - O paraíso terrestre
A nação indígena dos Caiapós habitava uma região onde não havia o sol nem a lua, tampouco rios ou florestas,ou mesmo o azul do céu.
Alimentavam-se apenas de alguns animais e mandioca, pois não conheciam peixes, pássaros ou frutas.
Certo dia, estando um índio a perseguir um tatu canastra, acabou por distanciar-se de sua aldeia.
Inacreditavelmente, à medida que este se afastava, sua caça crescia cada vez mais.
Já próximo de alcançá-la, o tatu rapidamente cavou a terra, desaparecendo dentro dela.
Sendo uma imensa cova, o indígena decidiu seguir o animal, ficando surpreso ao perceber que, ao final da escuridão, brilhava uma faixa de luz.
Chegando até ela, maravilhado, viu que lá existia um outro mundo, com um céu muito azul e o sol a iluminar e a aquecer as criaturas; na água muitos peixes coloridos e tartarugas.
Nos lindos campos floridos destacavam-se as frágeis borboletas; florestas exuberantes abrigavam belíssimos animais e insetos exóticos, contendo ainda diversas árvores carregadas de frutos.
Os pássaros embelezavam o espaço com suas lindas plumagens.
Deslumbrado, o índio ficou a admirar aquele paraíso, até o cair da noite.
Entristecido ao acompanhar o pôr do sol, pensou em retornar, mas já estava escuro...
Novamente surge à sua frente outro cenário maravilhoso:
uma enorme lua nasce detrás das montanhas, clareando com sua luz de prata toda a natureza.
Acima dela multidões de estrelas faziam o céu brilhar. Quanta beleza! E assim permaneceu, até que a lua se foi, surgindo novamente o sol. Muito emocionado, o índio voltou à tribo e relatou as maravilhas que viera a conhecer.
O grande pajé Caiapó, diante do entusiasmo de seu povo, consentiu que todos seguissem um outro tatu, descendo um a um pela sua cova através de uma imensa corda, até o paraíso terrestre.
Lá seria o magnífico Mundo Novo, onde todos viveriam felizes.
ESTE É MUNDO EM QUE ELES VIVEM EM QUE NÓS VIVEMOS.
episódio heróico ou sentimental com elemento maravilhoso ou fantástico - contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Em princípio é um fato acontecido que impressiona o povo... o fato se transforma e, quase sempre, recebe características sobrenaturais, misturando fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da imaginação, conservando as quatro características do conto popular: ambiguidade, persistência, oralidade e anonimato. As lendas procuram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais, e/ou dar sentido pratico ao oculto mistério divino que se manifesta.
"Há cinco séculos enfrentamos a evangelização no Brasil. Dentro desses séculos, só vimos a dominação, a exploração e o extermínio do nosso povo e a perda da nossa identidade cultural indígena".Durante muito tempo falou-se em índio, como se fosse uma categoria única, biológica, sem levar em conta a realidade cultural. Esse conceito foi uma criação colonial, baseada num erro histórico, já que navegantes espanhóis, ao chegar nas Antilhas, acreditavam ter chegado nas Índias.
Na realidade o que existe é uma variedade enorme de povos com história e culturas diferentes, vivendo nesse continente há mais de 20 mil anos.
Ao longo da história do Brasil, os indígenas, isto é, os nativos, sempre foram definidos pela negação: não têm escrita, não têm religião -- "pois não têm templos nem ídolos" , como dizia um jesuíta na época colonial --, não têm lei, não têm governo e não têm história.
erros sobre erros fomos caminhando até a redenção da grande cura da pajelança, MANIFESTA, na religião urbana de UMBANDA
O que antes era visto como ausência ou limitação, vê-se que é simplesmente uma maneira diversa de ser. NEM piores e nem melhores . São simplesmente diferentes.
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.Vós sois nossa causa perdida salvadora!
Vós sois a necessária e urgente Utopia!
A nova inevitável Esperança de todo um continente
Rogai por nossas vidas sem arco e sem estrelas!.
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fontes pesquisadas:
texto de pai jurá (revista espiritual de umbanda nº10)
Texto extraido da Revista Uniclar, São Paulo: Publicação da Faculdade Claretiano(Por Benedito Prezia)
Escola Vesper (Estudo Orientado)(mitos do índio brasileiro).
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